Amor, compaixão, solidariedade, amizade, medo. Sentimentos tão variados e abstratos serão colocados a prova nesse filme que mescla drama, romance e ficção, numa junção entre Ensaio sobre Cegueira de Fernando Meirelles e Contagion Steven Soderbergh.
O que é o amor? Michael (Ewan McGregor) trabalha como cheff de cozinha num restaurante. Não é uma pessoa muito presa a relacionamentos e na primeira cena do longa podemos perceber isso. Seu amigo sempre lhe fala que um dia ele conhecerá o verdadeiro amor e irá sofrer por isso, como forma de castigo pela maneira que leva seus relacionamentos, mas ele tem algo a esconder. Num certo dia ele sai para fumar e simplesmente do nada conhece Susan (Eva Green)
Susan é jovem, bonita e possui uma carreira de sucesso, mas não tem a mesma sorte no amor, sente-se solitária. Vindo de um relacionamento que não deu certo, aos olhos dela, sente que jamais será feliz ou terá alguém para amar de verdade.
Os dois se conhecem, saem, trocam palavras, ficam juntos e se percebem apaixonados um pelo outro. Porém no meio desse vivenciamento, um fato muito estranho está acontecendo a todos no mundo. Sem nenhuma causa aparente, as pessoas estão entrando num profundo luto de dor e lágrimas para em seguida perderem a audição. O que começa com um, dois ou três sujeitos, se alastra para todos os continentes da terra. Na opinião dos profissionais da saude, isso não tem importância e é apenas passageiro.
O que é o amor? Michael (Ewan McGregor) trabalha como cheff de cozinha num restaurante. Não é uma pessoa muito presa a relacionamentos e na primeira cena do longa podemos perceber isso. Seu amigo sempre lhe fala que um dia ele conhecerá o verdadeiro amor e irá sofrer por isso, como forma de castigo pela maneira que leva seus relacionamentos, mas ele tem algo a esconder. Num certo dia ele sai para fumar e simplesmente do nada conhece Susan (Eva Green)
Susan é jovem, bonita e possui uma carreira de sucesso, mas não tem a mesma sorte no amor, sente-se solitária. Vindo de um relacionamento que não deu certo, aos olhos dela, sente que jamais será feliz ou terá alguém para amar de verdade.
Os dois se conhecem, saem, trocam palavras, ficam juntos e se percebem apaixonados um pelo outro. Porém no meio desse vivenciamento, um fato muito estranho está acontecendo a todos no mundo. Sem nenhuma causa aparente, as pessoas estão entrando num profundo luto de dor e lágrimas para em seguida perderem a audição. O que começa com um, dois ou três sujeitos, se alastra para todos os continentes da terra. Na opinião dos profissionais da saude, isso não tem importância e é apenas passageiro.
Mas aos poucos, todos vão perdendo a audição e quando uma fome voraz toma a todos para em seguida perderem o paladar, eles percebem que um grande mal está para acontecer e nada podem fazer para evitar esse fato. Medo e receio, afinal, o que acontecerá ao final, se todos os sentidos que nos move deixarem de existir. É com esse cenário apocalíptico que o diretor irá trabalhar sentimentos como amor, fé e esperança.
Se num primeiro momento todos temem e se chocam, após o fato eles seguem adiante, pois a vida continua. O restaurante em que Michael trabalha exemplifica muito bem isso. Sempre após uma crise, uma perda do sentido, todos deixam de frequentar o local, mas com o passar dos dias todos retornam. É como se esse restaurante significasse essa aceitação da vida, dos problemas. Diante de uma tragédia o que se pode fazer? Nada, não adianta ter raiva, ódio ou se vingar do mundo, nos resta apenas aceitar nossa nova condição de vida, prova disso é a frase que sempre aparece no drama “a vida continua”.
Alternando drama, romance e existencialismo, o diretor nos entrega um filme extremamente tocante e reflexivo. Sem se deixar levar pelo fácil e finalizar essa história pela viés que todos desejam, ele ousa e entrega um desfecho soberbo. Não é objetivo do filme explicar esse fato ou tentar encontrar uma solução para ele, mas apenas analisar o homem diante do inevitável. Se tudo o que conhecemos está prestes a ruir, desmoronar, como nos deparar para com esse momento que está breve?
Com um fotografia gélida, fria e distante. Com um câmera que em certos momentos, fica apenas retida num canto, nos mostrando uma cena, uma ação ou um vazio e uma imagem num formato amador, quase sempre trêmula e que nos causa desconforto, esse drama nos conquista, nos confronta e nos faz pensar no que realmente temos de valor na vida.
“Sentidos do amor” gera desconforto, mas com o passar dos minutos, nos habitamos ao seu estilo e ao finalizar o filme, nem percebemos o seu modo tão particular. É essa temática que está impregnada no drama, com relação aos sentidos que se vão. No começo é estranho, complicado, inaceitável, mas com o passar dos dias, nos habituamos e aceitamos. E assim não é na vida diante de um mal, de um problema ou algo que não podemos de inicio compreender?
A voz em off assim como a trilha sonora são bem usadas. O silêncio é bem posto, conseguimos, por meio deste, sentir o que seus personagens sentem. A narração usada no começo e ao final dão um tom intimista ao drama, no meio do filme, isso meio que força a barra, não estraga a película, porém poderia ser evitada. O elenco esta ótimo, tanto Eva Green quanto Ewan McGrego desempenham seus papéis com sinceridade, ternura e voracidade. A cena final é a melhor, simplesmente nos perguntamos: então é assim?
Alternando drama, romance e existencialismo, o diretor nos entrega um filme extremamente tocante e reflexivo. Sem se deixar levar pelo fácil e finalizar essa história pela viés que todos desejam, ele ousa e entrega um desfecho soberbo. Não é objetivo do filme explicar esse fato ou tentar encontrar uma solução para ele, mas apenas analisar o homem diante do inevitável. Se tudo o que conhecemos está prestes a ruir, desmoronar, como nos deparar para com esse momento que está breve?
Com um fotografia gélida, fria e distante. Com um câmera que em certos momentos, fica apenas retida num canto, nos mostrando uma cena, uma ação ou um vazio e uma imagem num formato amador, quase sempre trêmula e que nos causa desconforto, esse drama nos conquista, nos confronta e nos faz pensar no que realmente temos de valor na vida.
“Sentidos do amor” gera desconforto, mas com o passar dos minutos, nos habitamos ao seu estilo e ao finalizar o filme, nem percebemos o seu modo tão particular. É essa temática que está impregnada no drama, com relação aos sentidos que se vão. No começo é estranho, complicado, inaceitável, mas com o passar dos dias, nos habituamos e aceitamos. E assim não é na vida diante de um mal, de um problema ou algo que não podemos de inicio compreender?
A voz em off assim como a trilha sonora são bem usadas. O silêncio é bem posto, conseguimos, por meio deste, sentir o que seus personagens sentem. A narração usada no começo e ao final dão um tom intimista ao drama, no meio do filme, isso meio que força a barra, não estraga a película, porém poderia ser evitada. O elenco esta ótimo, tanto Eva Green quanto Ewan McGrego desempenham seus papéis com sinceridade, ternura e voracidade. A cena final é a melhor, simplesmente nos perguntamos: então é assim?