sexta-feira, 11 de outubro de 2013

E sua mãe também




Um caminho, uma estrada. A vida nos reserva muitas surpresas e muitas mudanças e transformações. Não é fácil crescer e amadurecer. Perceber a vida em sua mais dura realidade, perceber que deixamos de sermos crianças e que todo aquele mundo inocente se foi é algo que marca, que toca e que nos muda. Cada um tem um caminho a seguir, mas todos nos levarão a um único final.

E sua mãe também poderia ser uma comédia, afinal, podemos considerá-la como tal. Mas não, não é. É um drama calcado na mais profunda dor, mudança e aceitação. Um filme sobre dois amigos, sobre duas vidas e sobre uma mulher também. Um filme sobre verdades, sobre mentiras e sobre como nos comportamos diante delas. 

Tenoch (Diego Luna) e Julio (Gael García Bernal) são dois jovens em busca do prazer. Sempre amigos, estão sempre juntos. Num certo dia, numa festa de casamento, conhecem Luiza (Maribel Verdú), namorada do irmão de Tenoch. Impressionados com a beleza da moça, a convidam para uma viagem. Encontrar uma praia linda, deserta e que possui umas das paisagens mais intocadas e mais puras que eles já viram. 

Lógico que tal local não existe, essa praia inventaram no momento, apenas para tentar convencer Luiza a viajar com eles. Mas como se era de esperar, ela nega. Após uma notícia que a desaba, ela resolve aceitar a proposta dos garotos e tem-se aí uma viagem marcada por paisagens desérticas, fortes e intensas. 


E sua mãe também é intenso, divertido, terno e sensível. Nos toca profundamente e pouco a pouco nos entrega estes três personagens tão falsos e tão verdadeiros ao mesmo tempo. O longa segue uma linha erótica, afinal, eles são dois jovens em busca do prazer. Os dois namoram e sempre se dizem fiel, mas aos poucos vamos percebendo que nem tudo é assim tão belo ou correto. 

Durante a viagem, verdades são ditas, jogadas e lançadas. A cada fato revelado, uma ferida se abre, uma mudança é gerada. Os dois rapazes estão interessados por Luiza. Primeiramente ela se interessa por Tenoch, deixando o amigo possesso de ciúmes, porém depois é a vez de Julio e a partir daí, tudo se complica, tudo entra em choque. 

Os dois apesar de serem grandes amigos, possuem realidades bem diferentes. Tenoch pertence a uma classe média/alta, possui rendas, um pai com uma boa estrutura, mas ausente e um futuro garantido. Suas convicções permeiam pela sua estrutura econômica. Julio é mais humilde, não possui toda estrutura que o amigo tem. Isso de certa forma o atinge, mas nunca o deixa de se sentir menor, porém nem tudo é fácil pra ele e aos poucos ele percebe essa mais dura realidade. O que ele espera da vida? Não, ele não sabe, nenhum dos dois sabem. 

Com o desenvolvimento da viagem e a incerteza maior que essa praia não existe de fato, os cenários vão mudando e o clima também. Se no começo, tudo era lindo, belo e perfeito com os três num maior clima de descontração, a partir do momento em que a paisagem vai tornando-se mais seca, pobre e violenta, eles também vão passando por uma mudança. Os dois vivem num mundo a parte, nada os toca, nada. Mas ao entrarem em contato com um pais desconhecido aos olhos deles, porém tão perto, eles se chocam com a dura realidade, a dura verdade. Essa verdade revela neles uma outra verdade ainda mais dura, a verdade sobre eles mesmo. 


Outro ponto que muda com o desenrolar do filme é a intensidade do longa. Se no começo tudo era leve, a fotografia clara e a trilha divertida, com o passar dos minutos o drama ganha força, a comédia perde seu espaço, a fotografia se torna mais seca, o calor mais intenso e insuportável e os três já também não são mais os mesmos. 

Cada um destes três tem um caminho a seguir, uma estrada a percorrer, uma trilha em que se descobrirão a si mesmo, aos seus medos e seus desejos. Mas tanta proximidade poderá também significar uma separação. E assim como estes dois jovens Luiza tem um caminho a seguir, uma dor a superar, uma verdade a aceitar. No final, tudo se enquadra a verdade que nos cerca e que tentamos a todo custo não aceitar. Lutamos contra ela, criamos mundo, vidas, desejos e valores, mas essa está ao nosso lado, nos ferindo, nos tocando, nos revelando. Aceitação não é conformismo, é aceitar e deixar-se levar por esta. 

A verdade nos liberta e nos transforma. E assim estes três serão transformados. Afonso Cuaron realiza aqui um filme primoroso e delicado. Aos que pensam que verão um longa envolvendo sexo e cenas de nudez, se enganam. E sua mãe também é um drama profundo e leve, divertido e pesado, enfim, um longa que ganha força com o tempo.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sobre Meninos e Lobos




Essa é uma história sobre meninos que se tornam homens. Homens que ser tornam lobos e lobos que devoram meninos.

Uma trama densa, um filme gélido, acinzentado, onde a fotografia opaca e sem vida se mostra bela, porém distante. Um elenco competente, uma direção segura e uma trilha soberba fazem deste filme uma experiência intensa onde mergulhamos profundamente num universo de dor, vingança, ódio e violência. Um ciclo de maus tratos, onde tudo se repete e nada é capaz com que se quebre essa força. 

Jimmy (Sean Penn), Dave (Tim Robbis) e Sean (Kevin Bacon) são amigos de infância. Tudo segue normal até que um fato acontece. Um senhor que diz ser policial leva Dave consigo, ele afirma para os garotos que levará o menino para sua casa, já que os três estão fazendo bagunça na rua. Sem entenderem nada, as duas crianças não interferem em nada. Chamando aos seus pais e contando sobre o ocorrido, descobrem  o pior, mas agora já era tarde demais. Dave fora sequestrado, violentado e abusado sexualmente. Após esse ocorrido, anos se passam e cada um destes toma caminhos diferentes. 

Anos mais tarde um fato acontece e os uni novamente. Um crime ainda mais violento. A jovem filha de Jimmy, então com 19 anos, é encontrada morta e violentada. Tem-se então uma busca descontrolada para saber o autor do crime. Nesse contexto, estes três amigos se reencontram, mas agora a amizade entre eles não existem mais, e eles tem consciência disso. 

Jimmy é dono de um pequeno comércio e também chefe de uma pequena máfia local. Há tempos fora preso e condenado e desde de liberto, tem permanecido na linha. Porém, por fora, ainda controla o pequeno grupo familiar. Sean agora é agente do FBI e está encarregado do caso, juntamente com seu parceiro, Whitney (Laurence Fishburne) e por fim Dave agora é um homem formado, trabalha num emprego, é casado, tem um filho. Sem grandes ambições, apenas vive e segue vivendo sua vida. 




Diante desse crime, duas linhas de investigação são criadas. Uma, coordenada pelos agentes do FBI e outra pelos capangas de Jimmy. Após alguns fatos, as duas linhas se intercalam num mesmo sentido, num mesmo suspeito, no caso, Davi e aí que começa o grande do filme. Com essa rota nesse que fora um grande amigo, feridas do passado são revisitadas e tem-se nesse momento, toda uma carga de dor, ódio, rancor, e traumas que são revisitadas num momento de fragilidade e tensão. 

Toda violência gera um ato de violência. Esse é o eixo do filme. Toda ferida causada, sangra e não superada, gera um trauma, um confronto, uma dor sem fim e essa, uma hora ou outra, se choca com a realidade. É no passado que se obtém as respostas pra esse presente.Tanto o passado de Davi, como o de Jimmy possuem fragmentos marcados pela violência que serão revisitados neste presente.

De onde vem tanta violência? Não é desejo do filme responder. Como homens se tornam lobos e meninos se tornam assassinos. É como um lobo que ao morder sua vítima, não apenas o fere, mas o contamina com um veneno mordaz e letal. 

Sobre meninos e lobos toca justamente nesse ponto, a pedofilia. Apesar do filme ter como figura desse abusador uma velho, de aspecto horrendo que chega a causar repulsa, muitas vezes quebrando e não acertando o tipo de homem que é um abusador, o filme acerta na construção do mal gerado na vítima. Após o fato, Davi se retrai, se mantém numa eterna defesa. Sua fala, seu olhar e sua vida expressam sua dor. Talvez a ideia do diretor foi construir um abusador diante dos sentimentos despertados pelo garoto. Aquele velho que o abusou, aos olhos dele era um homem repugnante, asqueroso, nojento. 


O longa segue uma linha policial, a investigação segue, todos ficamos apreensivo quanto ao final e esse chega. O clima, a fotografia e a bela montagem, dando destaque para os pensamentos e lembranças do Davi, preso e fugindo numa floresta com um lobo a sua espreita, apenas intensificam o drama. 

O grande desse filme é sua carga dramática e seu elenco fenomenal onde todos conseguem se destacar. Um longa de atores, de diretor e de roteiro. Com ótimos diálogos em que encontra seu ápice ao final, Sobre Meninos e lobos fala sobre a dor que traumatiza, sobre a violência que provoca a violência, sobre o homem, como ele pode ser tão sádico, tão intenso e tão complexo. 

O lenhador é outro drama que trabalha com essa temática. Diferentemente deste Sobre meninos e lobos, esse filme foca na relação do pedófilo e tenta mostrar toda a complexidade desse homem, marcado por desejos que o perseguem e o afronta. O abuso sexual, em particular a pedofilia são tema delicados e ainda tabus. Como se dá esse desejo? Como se dá o processe de cura da criança? Estes são filmes que de certa forma, tentam compreender a dor por de traz de todo mal. 

Aqui em especial, uma personagem se destaca, uma personagem oculta, mas sempre presente, a violência. É ela que rege todos os personagens e suas ações. Sempre presente em nós, sempre presente em nossas mentes e corações.  






domingo, 6 de outubro de 2013

True Blood: 6 Temporada




Toda vida tem seu valor.

O que é a dor? Ela nos move, ela nos faz perceber a vida, a morte e tudo que nos cerca. Damos tanto valor a ela. O sofrer é algo que está no centro de nossas atenções. Queremos decifrar a dor, seus estágios, seus modos. Ora, ela faz parte da vida assim  como a morte, assim como a vida. Somos limitados, estamos sujeitos ao sofrer. Ninguém vive para sempre. Esse é o enredo do sexto ano de True Blood.

Mas o que dizer sobre a sexta temporada dessa série? Ela foi intensa e tensa, isso sem a menor sombra de dúvidas. Ousada e bizarra, ao mesmo tempo que foi extremamente violenta, foi também tão terna e sensível em certos momentos. Mas algo não deu certo, algo ficou a desejar. Ela teve inúmeras tramas que não tinham tempo a perder e mesmo diante de toda essa agilidade, conseguiu nos dar momentos de paz e calma para o seu derradeiro final. Mas ainda sim houve falhas.

Com uma temporada mais curta, a série chegou a sua sexta temporada, mas a impressão que ficou é que a série andou e andou e não chegou a lugar nenhum. Alguns personagens mudaram, outros permaneceram em sua mesmice. A impressão que fica é que a série não soube elevar seus personagens e suas tramas. Tudo ficou no mesmo. Seis anos se passaram e nada praticamente aconteceu. E a sétima temporada será a sua temporada final.

Mas o sexto ano também teve momentos bons, ainda nos trouxe momentos excelentes, únicos e bizarros também. Com uma história mais simples, os personagens voltaram ao centro da trama. O que importa agora não é mais uma grande trama envolvendo seres mitológicos ou algo parecido, apenas o homem e seus medos. E o que não foi esse sexto ano, se não um confronto contra aquilo que mais tememos.O sexto ano serviu de fato para arrumar a casa e trazer os bons ares ao seriado novamente. Tudo isso para preparar o terreno para a sua temporada final.

Após o final apocalíptico do quinto ano, a sexta temporada teve como função consertar tudo aquilo que não deu certo nas  temporadas anteriores e o saldo para essa missão foi positivo. Mas eis um problema: o reconhecimento que toda a história guiada até aqui não deu certo. Em True Blood sempre a fantasia teve um terreno fértil e forte, afinal precisamos do sonhar  para poder  viver. Essa era a ideia de Ball, trazer a imaginação e toda sua mitologia para este mundo e revelar que mesmo em toda imaginação, ainda sim não seriamos felizes. É a falta que nos move, que nos eleva e que nos torna pessoas melhores. Porém, diante de tanta fantasia, o que as pessoas sentiram falta foi da mais pura e simples realidade. 






Com a ascensão de Bill (Stephen Moyer), todos temem o que irá acontecer agora. Algo imprevisível aconteceu e eles não sabem como se comportar diante de tal fato. O que é Bill? Quais serão seus objetivos? Até que ponto vai seu poder? Esse é um arco que será desenvolvido por toda a temporada.

Por fora outro fato ganha importância. Com as inúmeras mortes dos humanos, o governo toma as rédeas da situação e declara guerra aos vampiros. Desde a primeira temporada, sempre houve um clima de tensão no ar, mas isso nunca de fato aconteceu, tirando apenas pela presença da Sociedade do Sol na segunda temporada e Marmie na quarta. Fora isso, nunca os humanos se levantaram contra os vampiros. Guerra, o sexto ano será uma verdadeira guerra declarada entre humanos e vampiros. Morte, levante e tentativas serão feitas, cada ato de violência provocará um outro ato mais forte ainda. Diante da dor, o que podemos fazer?

Os vampiros serão presos, perseguidos, confrontados e exterminados. Um campo de concentração será criado para estudos. Nesta temporada, haverá uma inversão de valores com relação a quinta temporada. Os vilões agora serão os próprios humanos. Não há heróis ou vilões de fato, há apenas homens e mulheres com seus medos e suas dores. Quais são os nossos limites e os nossos desejos mais profundos. O mal o bem caminham lado a lado de mãos dadas dentro de nós. Enquanto isso, Bill tentará compreender qual será seu objetivo em tudo isso e terá a ajuda de Jéssica (Deborah Ann Woll) nessa busca. Seu desejo de impedir o futuro o transformará num herói, porém, num forte vilão.

A missão de Bill e a guerra entre humanos e vampiros serão o centro da trama, mas por fora, os outros arcos vão correndo e fazendo pouco a pouco uma junção com o arco principal. Esse foi outro ponto positivo para o sexto ano. Desde a terceira, muitas foram as tramas, muitos foram os personagens e pouco foi a conexão com a história principal. Aqui não, todos serão interligados e no penúltimo episódio será mostrado apenas dois lados, de um os vampiros, e de do outro, os humanos.

Andy (Chris Bauer) e suas filhas fadas terão seus destinos cruzados com os de Jessica e Bill, assim como o arco de Sookie (Anna Paquin) , Jason (Ryan Kwanten) e Ben/Warlow (Robert Kazinsky) serão interligados ao de Liliht. Do outro lado, Erick (Alexander Skarsgård) e os outros vampiros serão alvos do Governador que estará a espreita caçando a todos os vampiros. Mas já na metade da temporada, essas duas tramas se cruzam e a verdadeira vilã dará as cartas. Sarah (Anna Camp), a esposa correta e religiosa devota é que estará por de traz de todos os passos do governador e ela que guiará os fatos finais.





Caminhando paralelamente a isso, temos Alcides (Joe Manganiello) e sua matilha de lobos em busca de se manterem unidos e longe das influências dos vampiros e cruzando o caminho deles estará Sam (Sam Trammell). Após fugir da Autoridade, Luna morre e ele fica com os cuidados de sua pequena filha, mas Marta deseja a garota, afinal, ela é a única família que lhe restou. Além disso, Nicole, uma garota idealista que acredita ferozmente na convivência entre humanos e vampiros descobrirá a identidade dos lobisomens e metamorfos e tentará convencê-los de se apresentarem à sociedade. Esse desejo e essa busca por uma vida pacífica apenas colocará sua vida em risco e provocará a morte de todos o seus amigos. 

Essas são as tramas que guiarão o sexto ano de True Blood. Dentre essas o arco do Bill fica confuso. Ora ele é um profeta, ora um semi-deus, ora um mensageiro. Sua função nunca fica clara, da mesma forma que a figura de Lilith. Quem de fato é essa vampira? Toda mitologia criada na quinta temporada era verdadeira? Junto a essa trama eis que aparece Warlow. 

Um dos vampiros mais antigos, se não o mais. Ele que é um ser da luz, ou seja uma fada, foi transformado ainda jovem por Lilith, no desejo dela de tentar fazer com que os vampiros pudessem andar sob o sol. Ele deseja mais do que tudo a Sookie e ela chegará como Ben. Se aproximará dela e tentará ganhar sua confiança. Esse foi um personagem interessante, pois ele representou essa mudança de valores, ser "vilão" ou "herói" é uma questão apenas de ponto de vista. Sobre Sookie descobrimos mais um detalhe sobre sua vida e seu passado. Ela descende de uma linhagem real de fadas e seu sangue é nobre, por isso o desejo de Warlow de tê-la.

Envolvendo o governador, está a melhor articulação e os melhores momentos. A ele se juntam todos os vampiros. A tentativa de Erick de finalizar essa guerra apenas desencadeará outros fatores. Nessa roda de acontecimentos, a filha do governador ganha importância na trama e simpatia, permanecendo até o final da temporada e sendo garantida na sétima temporada. Tara e Pam se destacam também, cada uma ao seu modo, Pam pelos ótimos comentários e Tara pela sua ousadia. Mas quem se destaca nesse arco é Sarah. 

Vista como uma boa religiosa e facilmente manipulada na segunda temporada, ela retorna a este sexto ano com força e muito ódio. Ela sem sombra de dúvidas, foi uma verdadeira vilã. A forma como ela mata a dona das fábricas de True Blood é uma mostra de sua loucura, perversidade e violência. A fé cega e serve de motivo para explorarmos o nosso lado mais sombrio e perigoso. 


A temporada que teve apenas 10 episódios tem sua trama principal sendo encerrada no penúltimo episódio. O último ficou por conta da finalização da trama envolvendo Sookie e Warlow. Mas o que se percebe é que se a série tivesse seus 12 convencionais, mas sobre esse vampiro iríamos ver. O que ficou ao final foi uma mudança de valores e sentimentos. Houve sentido, houve coerência, mas como sempre, a forma como a trama foi encerrada foi rápida e sem emoção. 

Toda vida tem seu valor, essa é ideia principal da série neste ano. A morte de um personagem querido revelou esse pensamento. Ninguém vive para sempre, por isso a vida tem tanto valor e como tal, deve ser respeitada. A dor está presente, assim como a raiva e o ódio. O bem o e mal caminham lado a lado dentro de nós, do mesmo personagem que pode vir um ato de carinho a afeição, pode vir um ato de dor e raiva. Assim somos nós, são os homens.

A sétima temporada será a última. Muitos arcos foram encerrados ainda neste, assim como núcleos de personagens que não deram certo. Os lobisomens e as fadas são um destes, assim os metamorfos. O eixo principal se dará entre vampiros e humanos, afinal, a série começou com essa ideia e será com esta que será encerrada. Ao final da temporada, temos de volta uma certa referência a primeira temporada e uma chamada para a temporada seguinte. 

A ideia da sétima temporada é forte, com a proliferação da Hepatite V, criada pelos humanos, muitos vampiros foram contaminados e eles procuram sangue sadio para matarem sua sede. Estão descontrolados e fora de si e são extremamente perigosos. A ideia é para cada vampiro sadio e um humano também com boa saúde e não contaminado, onde um dará seu sangue e o outro sua proteção. Uma ideia forte e ousada que representa bem a série. As diferenças existem e são elas que nos definem. O que podemos fazer? Nada, apenas aceitar e conviver da melhor forma possível.