Capitão,
Meu Capitão
Robin
Willians é John Keating. Ele retorna ao lar, seu antigo colégio preparatório,
para ministrar aulas de literatura aos jovens estudantes.
Bem
recebido pela academia, devido ao seu histórico, ele possui uma visão diferente
sobre o “ensinar” e esse seu método baterá de frente com o modelo seguido pela
direção do colégio. Sua idéia é propor que os alunos pensem, sintam, bradem,
chorem, mas que faça apenas aquilo que estejam sentido. Sem regras, sem cobranças,
sem medo.
Porém
esse colégio funciona como um sistema preparatório para grandes médicos,
advogados e futuros empresários. Estes alunos não são simples alunos, mas são
jovens que tem que ser grandes na vida e não podem pensar pequeno. Seus pais não
desejam que seus filhos se percam num caminho de sentimentalismo, mas querem
que eles alcancem tudo o que eles não puderam ter. Enfim, não há tempos para
sonhos bobos.
Com
uma direção segura e tradicional, esse drama trabalha de forma bem calma e
lenta possível o elo entre estes personagens. A amizade que nasce entre ambos e
como os conceitos deste professor conquistam a cada um.
Liberdade,
ser livre para pensar, amar e ser o que deseja ser. Essa é a idéia que esse
professor quer passar aos seus alunos e essa será a lição mais difícil. Seus
alunos vêm de famílias que já traçaram todos os passos deles. Eles não teem
vozes ou vez.
É
diante deste cenário que Keating irá trabalhar a poesia. Será por meio da
poesia que mostrará aos seus alunos que eles são livres, nada os prende, nada,
nem mesmo um nome de família. Alguns destes jovens serão despertados por tais
ensinamentos e juntos re-fundarão a “Sociedade dos Poetas Mortos”.
O
grupo formado por Keating, quando aluno, se baseava na idéia de reunir um grupo
de amigos e em numa gruta/caverna ficarem recitando poesias, dos grandes
autores ou deles mesmo. Apenas recitar, sentir a liberdade das palavras. Sentir
as próprias palavras.
Após
essa série de atos, esses jovens serão transformados. Overstreet (Josh Charles)
conseguirá conquistar a garota que tanto deseja, Perry (Robert Sean Leonard)
entrará para o grupo de teatro, que é algo que sempre desejou, mas que teve
medo da negação de seu pai e Anderson (Ethan Hawke) saíra da sombra do irmão e
se focará em seu próprio caminho.
O
que estes jovens conseguem é se libertarem de seus medos, de seus receios, das
cobranças. Seus pais, irmãos e famílias representam algo que os oprimi e os
sufoca. O amor que eles não tiveram com
seus pais, será reestruturado na figura de Keating. Para estes alunos, ele não
é apenas um professor, mas é um mestre, um capitão.
Sociedade dos Poetas Mortos fez
sucesso por nos trazer um drama bem trabalhado, uma história terna e o mais
interessante: foi trazer o drama sobre um professor que ousou e quebrou regras
para libertar seus alunos. Estes não estavam presos à violência, ou falta de
perspectivas, mas estavam presos pelas ambições de suas próprias famílias, seus
pais. Ora, liberdade é viver para si e não para o outro.
A
trilha soberba, o elenco jovem e a direção sempre eficiente conferem a esse
drama uma suavidade, uma ternura e uma força incrível. Indicado ao Oscar de
Melhor Ator e Roteiro, Sociedade dos
Poetas Mortos nos leva a sentir nossa dor, a falar sobre ela, a recitar
sobre ela, seja por meio da poesia, do grito ou do ato de atuar.
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