Cal Weaver (Steve Carrel) está num restaurante com sua esposa Emily Weaver (Julianne Moore), o clima entre eles é normal, nada diferente, é o de sempre, quando do nada ela inexplicavelmente pede o divórcio. Durante a volta para casa, enquanto ela dirige, ele tenta levar essa notícia naturalmente, pois afinal é adulto e maduro. Ele a questiona pelo motivo, Emily afirma que teve um relação com outro homem do serviço, os dois não estão nada bem, é nesse momento que ele percebe em que situação se encontra.
Pior do que levar um pé na bunda é tentar levar uma vida de solteiro novamente, ainda mais quando se percebe que nunca teve de fato essa vida, já que os dois eram casados de longa data. Indo num bar todas as noites chorando e reclamando de sua vida, ele acaba por conhecer Jacob (Ryan Gosling), um típico mulherengo que pega todas. Jacob é jovem, bem resolvido e direto no que deseja, vendo a situação de Cal, resolve tentar salvar essa pobre alma de uma vida tão desgraçada. É nesse momento que os dois ficam amigos e ele transforma por completo esse recém divorciado.
No meio desse aprendizado, Cal tenta esquecer Emily, enquanto ela ainda recebe investidas de David (Kevin Bacon), seu breve caso do serviço, e Jacob tenta convencer uma garota que ele acaba de conhecer, Hannah (Emma Stone), de sair com ele, contudo ela é um pouco mais difícil de cair na queda. Além desses casais, conhecemos também Bem, filho adolescente do Cal e Emily, que está apaixonado por Cristal, a babá, mas ela, por sua vez, está apaixonada pelo pai dele.
Amor a toda prova é um filme divertido e engraçado, uma típica comedia romântica para homens, pois aqui são eles que estão no centro da trama envolto de dúvidas e questionamentos. O longa demonstra dois homens típicos: o totalmente seguro de si, de suas escolhas e que nunca se vê por baixo e aquele mais receoso, com a moral lá embaixo.
Por mais que esses homens sejam tão diferentes entre si, os dois sofreram do mesmo “mal”, o amor. É nesse sentido que o filme vai querer abordar, como esse sentimento pode nos derrubar literalmente. Seja com Cal, pois mesmo saindo com várias outras mulheres, ainda ficará preso a um forte sentimento por Emily, sempre tentando voltar com ela ou Jacob que depois de conhecer de fato Hannah, ficará loucamente apaixonado por ela, quebrando todas as suas regras de conquistas.
O longa possui um elenco maravilhoso, um roteiro bem inteligente, visto de muita comédias lançadas recentemente ao mercado. Esse filme consegue agradar e brincar um pouco com os clichês, somente o final mesmo que não agrada muito, mas isso deve ser culpa de Steve Carre, já que ele também é um dos produtores do longa e adora fazer um discurso meloso aos finais das histórias, porém até esse falatório é suportável por ser muito comovente e verdadeiro. Essa comédia lembra muito outra com esse mesmo Steve, Eu, meu irmão e nossa namorada.
A trilha sonora é boa, não estraga as cenas, o roteiro tem alguns momento únicos, como na cena da chuva, hilária. As participações pequenas de alguns atores são ótimas, em falar nisso, o elenco é o melhor do filme.
Steve Carrel e Ryan Gosling brilham no filme, sendo Gosling o que mais impressiona, apesar dele ser menos importante na história comparado a Carrol, ele se sobressai. Juliane Moore e Emma Sotne estão ótimas. Moore linda como sempre, empresta seu carisma, competência e sinceridade a sua personagem, pois mesmo ela tendo traído seu marido e pedido o divórcio, ainda sim, não sentimos raiva ou insensibilidade por sua atitude, enfim, ela está ótima. Crystal Reed como Amy, amiga de Hannah, é a melhor, as cenas com as duas são muito bacanas, a amiga dela salva o arco da personagem de Emma.
Kevin Bacon e Marisa Tomei fazem pequenas pontas, mas Tomei está nos momentos mais criativos e engraçados do filme, seus ataques de raiva são ótimos, uma excelente atriz com boas participações em filmes, mesmo sendo estas pequenas.
No mais, é um filme básico que consegue se manter acima da média fazendo uma “análise” de como o amor com o passar dos anos pode ser o único motivo para que um relacionamentos chegue ao fim, afinal, a paixão com tempo acaba, e o amor? Esse sentimento é sim estúpido, louco, mas quando ele passa por diversas provas no decorrer da vida como traições, mentiras, ciumes e perdão e ainda fica de pé, é porque ele ainda está vivo e presente e merece ser vivido.
Eu adorei esse filme, leve, divertido e romântico. Do jeito que gosto!
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