Com um estilo feito Adptação e Brilho eterno de uma mente sem lembranças,, em que uma história se intercala com outra dentro, causando uma grande confusão, isso num bom sentido, essa comédia é leve em seu argumento, singela em sua proposta e engraçada em seu resultado final.
Harold Crick (Will Ferrell) todos os dias acorda cedo, toma seu banho, escova os dentes e vai trabalhar. Todos os dias ele levanta sempre no mesmo horário, sai de casa na hora exata e caminha a quantidade certa de passos, tudo é cronometrado, ele tem o controle de tudo. Tem uma boa vida, apesar de ser um pouco solitário, mas nunca se preocupou por isso.
Todas essas informações sobre esse sujeito, podemos ver pelas suas ações, mas também sabemos por meio de uma narradora onipresente. Ela descreve todos os atos, pensamentos e sentimentos do nosso protagonista, só que tem um porém, ele também a ouve. E essa voz na sua cabeça que fará com que ele cause enlouqueça.
Como ele percebe que essa voz possui um vocabulário muito culto, coisa que ele não tem nem a metade, ele resolve procurar a ajuda de um professor de literatura para ajudá-lo, Professor Jules (Dustin Hoffman). A ideia é tentar entender o que está acontecendo. No meio disso tudo, ele tem que fazer a auditoria na loja de uma moça, Ana Pascal, (Maggie Gyllenhaal) que está meio pendurada com a Receita e ainda descobrir se a história de sua vida é uma comédia, romance ou tragédia.
Distante de tudo isso, temos Kay Eiffel (Emma Thompson), uma escritora que está tentando dar um fim ao seu livro, ou seja, matar o seu protagonista. Ela terá a ajuda de Penny (Queen Latifah), uma enviada da editora encarregada de fazer com que Penny escreva rapidamente esse desfecho, o porém é que justamente essa é a escritora que fala aos ouvidos e mente de Harold.
Com uma história irreal, Mais estranho que a ficção mostra a vida de um sujeito em seus devaneios. E se nossas vidas fosse contada pela mente de uma escritora psicopata, ou de antemão tivessemos uma voz que guiasse todos os nossos passos e nos explicasse nossos sentimentos ou preocupações? A não lógica guia essa comédia, um jogo de metalinguagem, onde diferentes tipos de se contar histórias estão entrelaçadas e uma está contida na outra. É a história que guia Harold ou ele que guia o enredo desse livro?
A comédia é suave, sem grandes momentos, mas o trabalho como um todo é muito bacana. O filme é divertido e as vezes é trágico também. A trilha sonora é muito gostosa e em falar nisso, o álbum desse filme é ótimo, com excelentes canções e algumas poucas score que também merecem destaque.
O elenco é maravilhoso. Will Ferrell, ator marcado por comédia, aqui nesse filme, tem seu lado dramático bem trabalhado. Apesar disso não ser o forte dele, Ferrell se sai muito bem, uma boa atuação, misturando um tom cômico e trágico ao mesmo tempo. Emma Tompson é hilária, sempre fumando, com cara de doente, expressa muita veracidade à sua personagem. Maggie Gyllenhaal empresa seu carisma e Hoffman seu talento, Um bom time de elenco de apoio.
A direção é de Marc Foster,depois de se lançar no intenso A última Ceia e no mágico e encantador Em busca da Terra do Nunca, aqui dirigi um filme mais simples, uma comédia mais light, porém que não deixa de ser um bom programa.
Olá, Ailto. Acabei de ler sua postagem. Excelente filme. A ideia de ouvir uma voz fez-me lembrar Sócrates e o daimon. Gosto deste filme que nos remota a conceitos subjetivos. Irei vê-lo. Acabou de entrar na lista. Outra coisa: o fundo do seu blogger é igual o meu. KKK. Seguindo. Valeu. Um abraço...
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