O que é você?
É com essa pergunta, de certa forma simples, mas ao mesmo tempo, complexa, que se resume o quinto ano de True Blood.
O que dizer sobre o quinto ano dessa série? Não foi ruim, porém, não foi boa. Faltou algo, mais drama, mais junção dos arcos, muitos personagens soltos, bom, os problemas são os mesmos de sempre. Mas neste ano, algo deu certo e algo também deu errado, hilário dizer isso e complicado compreender. Talvez, por eu ser fã da série, não consiga ver só falhas.
Para esse quinto ano, o tema principal voltou a ser a fé que cega, mas agora ligada a um outro ponto que já foi abordado pelos diretores, que é a questão política. Muito se falou sobre a Autoridade, mas nada sobre o que seria, como seria formada, sobre o que estava baseada. Neste ano, tem -se a resposta para algumas perguntas, mas ao final, novas são feitas.
Após o término da quarta temporada, o seriado deixou vários pontos em aberto. Todos os pontos se fecharam ainda no começo do primeiro episódio. Algumas tramas deram certo, outras nem tanto. Mas o que ao meu ver deu certo, é que essas pequenas tramas paralelas conseguiram prender a atenção e trazer bons momentos ao seriado. Nas primeiras duas temporadas, todo enredo da série se concentrava em apensa dois arcos ao máximo, a partir da terceira, personagens de apoio tiveram espaço e foram ganhando peso dentro da série, isso não deu muito certo, já que são muitos personagens, muitas tramas, muito difícil acompanhar. Esse lance de todos os personagens estarem envolvidos em algo é legal, mas perigoso. Legal pois os deixa dentro do mundo e não solto para aparecerem e falarem algo sem importância, deixam de ser um mero elenco de apoio e ganham vida dentro do contexto da série. Perigoso pois se há muitos personagens e não tiver um bom roteiro que una esses arcos, tudo se perde e foi isso que aconteceu principalmente na terceira temporada.
É com essa pergunta, de certa forma simples, mas ao mesmo tempo, complexa, que se resume o quinto ano de True Blood.
O que dizer sobre o quinto ano dessa série? Não foi ruim, porém, não foi boa. Faltou algo, mais drama, mais junção dos arcos, muitos personagens soltos, bom, os problemas são os mesmos de sempre. Mas neste ano, algo deu certo e algo também deu errado, hilário dizer isso e complicado compreender. Talvez, por eu ser fã da série, não consiga ver só falhas.
Para esse quinto ano, o tema principal voltou a ser a fé que cega, mas agora ligada a um outro ponto que já foi abordado pelos diretores, que é a questão política. Muito se falou sobre a Autoridade, mas nada sobre o que seria, como seria formada, sobre o que estava baseada. Neste ano, tem -se a resposta para algumas perguntas, mas ao final, novas são feitas.
Após o término da quarta temporada, o seriado deixou vários pontos em aberto. Todos os pontos se fecharam ainda no começo do primeiro episódio. Algumas tramas deram certo, outras nem tanto. Mas o que ao meu ver deu certo, é que essas pequenas tramas paralelas conseguiram prender a atenção e trazer bons momentos ao seriado. Nas primeiras duas temporadas, todo enredo da série se concentrava em apensa dois arcos ao máximo, a partir da terceira, personagens de apoio tiveram espaço e foram ganhando peso dentro da série, isso não deu muito certo, já que são muitos personagens, muitas tramas, muito difícil acompanhar. Esse lance de todos os personagens estarem envolvidos em algo é legal, mas perigoso. Legal pois os deixa dentro do mundo e não solto para aparecerem e falarem algo sem importância, deixam de ser um mero elenco de apoio e ganham vida dentro do contexto da série. Perigoso pois se há muitos personagens e não tiver um bom roteiro que una esses arcos, tudo se perde e foi isso que aconteceu principalmente na terceira temporada.
Neste quinto ano, houve mais tramas, mas estas conseguiram ser bem trabalhadas. Tara e sua difícil aceitação como vampira, seus dramas com Sookie e Lafayette e posteriormente, sua boa interação com Pam, rendendo ótimos momentos. Jason e sua complicada relação com Jéssica e Hoyt, dando um dos finais mais ternos e sensíveis de todo seriado. Sookie, suas origens e sua relação com as fadas, Lafayette enfrentando seus demônios, já que adquiriu os poderes dos ancestrais de Jesus. Arlene e seus problemas envolvendo espíritos e fantasmas e por fim, a Autoridade, o grande tema da temporada.
Após Tara ser morta por Debby, ela é vampirizada por Pam, a pedido de Sookie. Tara como vampira, fica apreensiva e perdida nesse caminho, pois ela se tornou naquilo que ela mais desprezava e odiava. Essa trama envolvendo essa personagem passa por dois momentos, um drama comovente ao lado de seu primo e de sua melhor amiga, e numa segunda parte, sua relação com Pam, a educando e mostrando como é ser vampira. Esse momentos serão engraçados e intensos. Com essa trama, essa personagem recupera aquele carisma perdido ainda na segunda temporada.
Lafayette com o passar dos episódios, ganha uma história própria, ela não tem importância ao contexto da temporada, mas torna-se tocante pela despeda final entre ele e Jesus. A cena do carro possui tanta delicadeza, conforto e dramaticidade. Nada se diz, nada, apenas um olhar de despedida, de respeito e amor. Nesses momentos True Blood mostra seu potencial, apesar de ser uma série vampírica, sua grande força está nos dramas de seus personagens, em suas escolhas e nos seus medos.
Sookie nesse quinto ano fica meio apagada, sem relevância. A busca da verdade sobre seus pais a leva a conhecer seus poderes, sua essência e um perigoso segredo: ela está prometida a um vampiro muito antigo. Um dos seus parentes fez um pacto com sangue de fada e como oferta a ofereceu. Claude conhecia esse vampiro e o espírito dele aparece a jovem fada numa noite e além do mais, a fada anciã afirmou que toda sua ligação com vampiros está relacionada a esse pacto.
Após Tara ser morta por Debby, ela é vampirizada por Pam, a pedido de Sookie. Tara como vampira, fica apreensiva e perdida nesse caminho, pois ela se tornou naquilo que ela mais desprezava e odiava. Essa trama envolvendo essa personagem passa por dois momentos, um drama comovente ao lado de seu primo e de sua melhor amiga, e numa segunda parte, sua relação com Pam, a educando e mostrando como é ser vampira. Esse momentos serão engraçados e intensos. Com essa trama, essa personagem recupera aquele carisma perdido ainda na segunda temporada.
Lafayette com o passar dos episódios, ganha uma história própria, ela não tem importância ao contexto da temporada, mas torna-se tocante pela despeda final entre ele e Jesus. A cena do carro possui tanta delicadeza, conforto e dramaticidade. Nada se diz, nada, apenas um olhar de despedida, de respeito e amor. Nesses momentos True Blood mostra seu potencial, apesar de ser uma série vampírica, sua grande força está nos dramas de seus personagens, em suas escolhas e nos seus medos.
Sookie nesse quinto ano fica meio apagada, sem relevância. A busca da verdade sobre seus pais a leva a conhecer seus poderes, sua essência e um perigoso segredo: ela está prometida a um vampiro muito antigo. Um dos seus parentes fez um pacto com sangue de fada e como oferta a ofereceu. Claude conhecia esse vampiro e o espírito dele aparece a jovem fada numa noite e além do mais, a fada anciã afirmou que toda sua ligação com vampiros está relacionada a esse pacto.
Arlene serviu pra encher linguiça, mas eu gosto das tramas envolvendo essa personagem. A do quarto ano foi tocante, terna e envolvente. Perdão e redenção guiaram aquele arco, a desse está preso ao passado, aos atos cometidos. Todo pecado será cobrado e ele vem. O fim desse arco é forte, tenso e nos faz pensar o que é certo ou errado. Haveria outra forma?
O principal núcleo desta quinta temporada fica por conta da Autoridade. Não houve um vilão de fato neste quinto ano, mas apenas o mal que foi representado por uma ideia e um pensamento e esse se materializou em diversos personagens no decorrer dos episódios. Após Bill e Eric matarem Nam, eles fogem, mas são pegos pela Autoridade, no meio do caminho são libertos por Nora, irmã de criação de Eric.
Primeiramente conhecemos Roman, a autoridade. Ele é a figura máxima da ordem dos vampiros. Ele acredita fielmente mesmo numa coexistência entre humanos e vampiros. Para eles, os homens são à base de toda a existência e não apenas alimentos. Ligados a fé, teem como mãe de todos os vampiros, Lilith. Ela foi a primeira vampira e criada a imagem de Deus. Dentro dessa fé, há a explicação de toda existência vampírica, humana e de outras criaturas.
O principal núcleo desta quinta temporada fica por conta da Autoridade. Não houve um vilão de fato neste quinto ano, mas apenas o mal que foi representado por uma ideia e um pensamento e esse se materializou em diversos personagens no decorrer dos episódios. Após Bill e Eric matarem Nam, eles fogem, mas são pegos pela Autoridade, no meio do caminho são libertos por Nora, irmã de criação de Eric.
Primeiramente conhecemos Roman, a autoridade. Ele é a figura máxima da ordem dos vampiros. Ele acredita fielmente mesmo numa coexistência entre humanos e vampiros. Para eles, os homens são à base de toda a existência e não apenas alimentos. Ligados a fé, teem como mãe de todos os vampiros, Lilith. Ela foi a primeira vampira e criada a imagem de Deus. Dentro dessa fé, há a explicação de toda existência vampírica, humana e de outras criaturas.
Dentro da autoridade, outra linha de pensamento ganha força e adeptos. São os que vão ao extremo dessa fé e acham que os humanos são apenas alimentos e nada mais. Eles acreditam que os vampiros devem assumir sua posição de filhos e tomar a terra. Enfim, pregam uma guerra santa, estes são os sanguinistas e toda trama está ligada a esse movimento sanguinista e todos os passos são dados para que se cumpra esse desejo. A libertação de Russel, a prisão de Bill e Eric e a morte prematura na série de Roman.
Após ser revelado todos os planos, nos é mostrado os vilões, mas estes ainda sim não são. São os pensamentos e a fé que os guia. Sendo assim, Nora, Salomé, Bill, Roman são apenas objetos dessa fé. A própria figura que aparece, como sendo a própria Lilith é uma referencia a isso. Ela é algo em que eles possam acreditar, ela é a que causa toda morte e destruição. Segundo Godric, o vampiro criador de Eric, ela é uma deusa ateia, decida a propagar o terror. Para os vampiros ela é Lilith. Enfim, é a materialização de uma crença.
É nesse sentido que se encontra o grande dessa temporada. Unindo a ideia que deu certo na segunda temporada que foi a fé mais o tom político da terceira, tem-se uma mistura perigosa. Com os sanguinistas dentro da autoridade como força principal, inicia-se uma fase sanguinária, onde humanos são mortos descontroladamente. O governo dá um ultimato aos vampiros, se continuarem dessa forma, irão revidar propondo a extinção dessa raça. Romam sabia dessa probabilidade, por isso, pregava tanto a união pacífica. Mas os sanguinistas não, sendo guiados pela fé, irão até as últimas consequências.
Com os vampiros sedentos por sangue e várias mortes humanas acontecendo, o clima fica tenso e todos se voltam contra eles, incluindo as fadas. Ao final da temporada, um clima de guerra é estabelecido, mas não chega a ser tornar real. Como de costume e isso que deixou a série morna, toda uma carga de fatos acontecem nesse último episódio e nada se fecha e tudo se abre.
Apesar de todas as falhas e foram várias, muitos pontos deram certo. As tramas paralelas foram bem trabalhadas, muito bem trabalhadas, conseguindo dosar drama e comédia no tom certo. Até no arco envolvendo Arlene ou do Andy deram certo. Alguns personagens saem de cena, Hoyt é um deles e a despedida dele é uma das cenas mais comoventes de toda as temporadas de True Blood. Outras personagens ganham presença, como é o caso de Holly, como eu gosto dela, isso achei ótimo e o clã das fadas tiveram mais presença. Ainda falta estabelecer uma história melhor, envolvendo a rainha da fadas, aquela que enfrentou Sookie no começo da quarta temporada.
Após ser revelado todos os planos, nos é mostrado os vilões, mas estes ainda sim não são. São os pensamentos e a fé que os guia. Sendo assim, Nora, Salomé, Bill, Roman são apenas objetos dessa fé. A própria figura que aparece, como sendo a própria Lilith é uma referencia a isso. Ela é algo em que eles possam acreditar, ela é a que causa toda morte e destruição. Segundo Godric, o vampiro criador de Eric, ela é uma deusa ateia, decida a propagar o terror. Para os vampiros ela é Lilith. Enfim, é a materialização de uma crença.
É nesse sentido que se encontra o grande dessa temporada. Unindo a ideia que deu certo na segunda temporada que foi a fé mais o tom político da terceira, tem-se uma mistura perigosa. Com os sanguinistas dentro da autoridade como força principal, inicia-se uma fase sanguinária, onde humanos são mortos descontroladamente. O governo dá um ultimato aos vampiros, se continuarem dessa forma, irão revidar propondo a extinção dessa raça. Romam sabia dessa probabilidade, por isso, pregava tanto a união pacífica. Mas os sanguinistas não, sendo guiados pela fé, irão até as últimas consequências.
Com os vampiros sedentos por sangue e várias mortes humanas acontecendo, o clima fica tenso e todos se voltam contra eles, incluindo as fadas. Ao final da temporada, um clima de guerra é estabelecido, mas não chega a ser tornar real. Como de costume e isso que deixou a série morna, toda uma carga de fatos acontecem nesse último episódio e nada se fecha e tudo se abre.
Apesar de todas as falhas e foram várias, muitos pontos deram certo. As tramas paralelas foram bem trabalhadas, muito bem trabalhadas, conseguindo dosar drama e comédia no tom certo. Até no arco envolvendo Arlene ou do Andy deram certo. Alguns personagens saem de cena, Hoyt é um deles e a despedida dele é uma das cenas mais comoventes de toda as temporadas de True Blood. Outras personagens ganham presença, como é o caso de Holly, como eu gosto dela, isso achei ótimo e o clã das fadas tiveram mais presença. Ainda falta estabelecer uma história melhor, envolvendo a rainha da fadas, aquela que enfrentou Sookie no começo da quarta temporada.
True Blood soube abordar os dramas, os levando ao seu ápice, mas ainda sim, são muitos os personagens e isso cansa. Allan Ball fez seu último trabalho frente a série, agora o seriado ficará com outro diretor, isso pode melhorar o caminho desta série, ou arruinar de vez. Ball é um diretor ligado ao drama, nesse sentido, quando a série quis invocar estes momentos, foi muito bem direcionado. Seu olhar para o humano é ótimo. Porém, quando tentou criar algo grande, perigoso, aquele clima de tensão e batalha, foi falho.
O que é você? Ou, o que nós somos ou desejamos? Todos os personagens passaram por essa dúvida e ao assumir uma ideia, uma identidade, enfim uma resposta para esse pergunta, nos leva também a aceitar todos os lados dessa figura, o bom e o mal. Podemos mudar quem somos, mas se mudarmos, estaremos sendo nós mesmos. Mas se não gostamos do que somos, o que podemos fazer? São dúvidas como estas que nos movem, nos guiam e nos fazem ser quem somos, uma busca infinita de nos compreender e de tentarmos ser pessoas melhores.
Essa foi a busca dessa temporada e a esse fim alguns personagens chegaram. Jason e seu desejo por vingança contra os vampiros, Jéssica e seu total desamparo. Sookie e seu medo do que lhe poderá acontecer e Bill assumindo um lado escuro seu, buscando poder, ódio e rancor, o fazendo como o grande vilão do quinto ano e provavelmente do sexto também.
O que é você? Ou, o que nós somos ou desejamos? Todos os personagens passaram por essa dúvida e ao assumir uma ideia, uma identidade, enfim uma resposta para esse pergunta, nos leva também a aceitar todos os lados dessa figura, o bom e o mal. Podemos mudar quem somos, mas se mudarmos, estaremos sendo nós mesmos. Mas se não gostamos do que somos, o que podemos fazer? São dúvidas como estas que nos movem, nos guiam e nos fazem ser quem somos, uma busca infinita de nos compreender e de tentarmos ser pessoas melhores.
Essa foi a busca dessa temporada e a esse fim alguns personagens chegaram. Jason e seu desejo por vingança contra os vampiros, Jéssica e seu total desamparo. Sookie e seu medo do que lhe poderá acontecer e Bill assumindo um lado escuro seu, buscando poder, ódio e rancor, o fazendo como o grande vilão do quinto ano e provavelmente do sexto também.