Entre o azul escuro quase preto assim caminha meus desejos, meus sonhos, meu temores. Entre o meio termo está minha vida, está minha alma, está o meu eu. Entre os extremos, entre as ambigüidades.
Entre a fraqueza e a vivacidade, entre o medo e o desejo de viver. Entre o certo e o errado, entre a vida e a morte, entre o que é prazeroso e o que é moral, entre fazer o que é certo e que realmente desejamos, entre o lícito e o que não me convém. Por entre caminhos escuros, gelados e frios, mas ao mesmo tempo, quentes sufocantes e insuportáveis.
Sob o anoitecer em meio a dúvidas e incertezas, caminho para a liberdade em direção ao fim, em direção ao começo. Caminho para a morte, buscando a vida. Em direção a dor, desejando o refrigério e a paz. Assim caminha meus passos, minha alma, o meu ser. Entre o desejo arduamente de viver e o receio de buscar realizar meus desejos.
Trilho para a morte, me distanciando do sofrimento, em caminho a liberdade, como um barco em meio a um grande e sombrio mar, belo e misterioso, em meio a um horizonte infinito que não se revela aos meus olhos, mas que expressa um temor por não ter um fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário