Todos buscamos por algo, por um sonho, por uma prece, por sermos ouvidos, amados, aceitos ou compreendidos. Caminhamos, mas sem saber a que caminho essa trilha nos levará. A dor está sempre presente, o medo e o receio de viver e morrer também. Lutamos, falhamos, choramos, levantamos, sonhamos e desejamos como uma árvore em meio a um deserto. Folhas de morte, frutos de dor, aroma pesado, beleza estagnaste e sufocante.
Crescer é doloroso. Escolher, sacrificar, ver e reconhecer é uma das lições mais difíceis. O que temos? Por que assim sofremos? Os caminhos de Deus são misteriosos, diria o coração mais convicto em Deus. A vida é assim, as coisas simplesmente são assim, só basta aceitarmos, diria a vã psicologia que sempre tenta nos dar uma reposta para aquilo que já sabemos, mas simplesmente nunca queremos aceitar. Torna-te quem tu és. Mas se aquilo que somos causa-nos repulsa, medo, dor e angústia. Como então?
Viver pode ser um longo e triste martírio sem fim. A música que toca é tão triste e tão amarga, porém tão bela e envolvente que nos leva a buscarmos, lutarmos e vivermos. Hoje estou triste, amargurado, amanhã, talvez não. Os sentimentos são tão instáveis quanto as ondas do mar.
Sossego, essa é uma palavra que simplesmente eu não entendo, assim como a alegria, o desejo, o medo, a ansiedade, a raiva e ódio. Prazer, o que é o prazer se não uma mistura de sensações e sentimentos, toques e desejos. Sentimentos tao abstratos, mas tão presentes.
As folhas brotam e o sol reaparece, conjuntamente com a simplicidade da vida, com o aroma do dia, como um brilho, como águas de um imenso mar que quebram o silêncio da alma mais entristecida e infinita do mundo. Essas ondas preenchem e assume a direção e nos faz esquecer aqueles momentos e instantes em que o cansaço já havia nos vencido e nos impedido de superarmos as marés e as tempestades.
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