Na terceira temporada o que prevalece é a questão de se descobrir quem realmente nós somos. Todos os personagens buscam, diretamente e indiretamente, compreender quem realmente são e isso por meio do seu passado, dos seus erros ou dos seus desejos.
Sam, o passado que envolve sua família; Sookie, o segredo que está relacionado a quem ela realmente seja; Erick, que ainda tem sentimento humanos; Jéssica, entre ser uma vampira e uma garota que quer apenas viver um amor e Tara, tentar encontrar um caminho em meio aos seus erros e buscando ser alguém que não seja apenas uma vítima da história, mas também não mais aquela mulher rude que não deixa ninguém se aproximar. Eles buscam um meio termo, uma explicação ou algo que lhes possibilite desvendar os segredos que cercam seus medos e receios.
Um dos pontos em que a série foi amplamente criticada negativamente foi com relação ao leque de histórias que abriu ao decorrer da temporada. O tema que regia esse terceiro ano foi revelado ainda no começo, no caso, quem sequestrou Bill e por quais motivos. Porém, outros assuntos foram ganhando espaço, sendo que ao final da temporada nada foi finalizado ou explicado. Sam e sua excêntrica família, Jason e seu novo relacionamento e responsabilidades, Lafayette e sua relação com Jesus. O filho de Arlene, dando a entender que ele será algo meio macabro e por fim, a deixa para a quarta temporada com a presença das bruxas que dominarão o ano seguinte. Além do mais, o vilão deste terceiro ano, O Russel, o rei dos vampiros, não foi morto, propondo um retorno mais adiante. O único ponto que foi revelado é o verdadeiro motivo que levou Bill à cidade e que na verdade ele não é tão bom assim.
Em falar nisso, esses foi um dos aspectos interessantes desse terceiro ano. Bill que até a temporada passada era mostrando como correto, sem falhas e disposto apenas a tentar conviver em sociedade com os humanos, revelou totalmente o oposto. De falso a manipulador, deixou a pobre garota ser ferida e apanhar quase até a morte para que ele pudesse salvá-la e dar do seu sangue, criando assim um laço inquebrável com Sockie. Nesse sentido, não se sabe se a paixão que ela nutre por ele seja real ou algo plantando e controlado pelo sangue do vampiro. Já com Erick foi oposto, sempre zelador para com a loirinha e revelando seus sentimentos ao final da temporada, fez com que ela ficasse meio perdida em seus pensamentos.
Mas também houve bons momentos, muitos bons momentos como as crises de Arlete com a sua gravides, as ótimas tiradas de Pam e seu relacionamento com seu criador, Ercik. As cenas quentes e nada normais entre Bill e sua vampira criadora e não podendo esquecer, o ótimo vilão deste ano, Russell, que após a morte de seu amado ficou completamente louco. Nan deu os ares de sua presença, confirmando seu lindo e sarcástico sorrisinho ainda mais no quarto ano.
Quanto a fotografia, impecável. O jogo de sombra e luz na cena da casa de Sockie, quando essa foi atacada por Russel e sua turma, estava ótima. Na trilha sonora, boas canções, não apenas boas, mas excelentes, jazz, blues e todos os ritmos estiveram presentes. No elenco, Denis O'Hare como Russel, o melhor e Raquel Ewan Wood, encantadora e perigosa na medida certa.
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