Nas paredes escuras brotam um silêncio. Um silêncio que traz paz, mansidão. Nas águas da chuva que caem sobre o solo negro, calmo e tranqüilo traz um som terno, cúmplice, suave e doce.
Nos lugares há um vazio. Um vazio que preenche. Soa irônico, contraditório. Mas fecho os olhos e me sinto vivo, cheio, completo. Meus pensamentos trafegam por entre outros inúmeros pensamentos. Trabalhar, estudar. Tantas outras coisas a mais para fazer. Planejar, planejar e planejar. Seguir sem percurso.
De repente, toda a sensação de paz dá lugar a um som perturbador, errado. Errado por quebrar esse sossego e destoar os pensamentos. O som do rádio passa a ecoar eu o noto novamente. Se antes ouvia apenas o som por traz do silêncio, agora volto os meus ouvidos a esse aparelho. A melodia é tranqüila. A letra, bom, eu não compreendo, pois está em outra língua. Mas é algo gostoso, mexe com as emoções. Talvez uma canção de auto-ajuda, talvez não.
O som irritante vem novamente. Há inúmeras sensações, pensamentos, sentimentos que pode-se simplesmente perceber ou sentir. A luz fraca, o jogo de sombras fortes detalham e expressam uma madrugada calma, sossegada, chuvosa e penetrante. Sem vozes, sem palavras.
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