sexta-feira, 4 de março de 2011

Um minuto de Silêncio


Uminuto de silêncio por favor, eu lhe peço, preciso restabelecer conceitos, preciso repensar momentos, preciso simplesmente respirar, sentir a brisa, o toque do vento, do amanhecer em meu rosto, em minha face.

Os dias passam, preciso correr, preciso, preciso, preciso correr, mas para onde? Para onde ir, para onde me lançar. Como podemos complicar coisas tão simples. Como tudo poderia ser tão simples, como nesses filmes que vemos em nossas vidas. Acordamos de manhã, tomamos nosso café, vamos para o trabalho, um café, um hospital, uma biblioteca, uma loja. Trabalhamos, voltamos, saímos, nos divertimos e deixamos de nos preocupar com o futuro, com os estudos, com a ideia e pensamento fixo de ser alguém na vida.

Tudo assim seria tão simples. A ansiedade mata, tortura, mas também nos move, nos ajuda a não ficar parados, acomodados, anestesiados.

Quero poder sentir-me bem com o que tenho, com o que sou. Bom, com relação a essa última, tudo é tão claro, mais claro, cega, mas sentir-se feliz com a situação da vida, com o emprego, com as perspectívicas, isso está meio difícil. Certa vez vi um filme chamado Simplesmente feliz, uma professora que se sente bem com o que tem, mesmo quando todos dizem a dizem que ela não possui nada. Diante dessas frases, dessas afirmações, ela observa tudo a sua volta e sorri, ela tem tudo do que precisa, a mais seria uma ambição desnecessária. Somos tão ambiciosos, esquecemos de viver, sacrificamos noites, dias, horas, para um estudo, para um sonho, sofremos por estes e quando veem, ainda perguntamos se estamos realmente felizes com nossas escolhas. Ora, se estamos, porque a dúvida em meio a certeza.

Um minuto de silêncio é o que eu preciso para poder compreender o mundo, a vida, a morte. Esquecer de tudo, de todos e apenas respirar fundo uma paz, uma tranquilidade, um refrigério. Saber que os dias passam, os anos voam, mas não temer por isso. Envelhecer é uma dádiva, sofrer é um martírio, morrer é um privilégio.

Mas por mais que venhamos reclamar da vida e de tudo que nos cerca, de como tudo aconteceu ou como está acontecendo, no final, restá-nos apenas nos entregar ao destino, à morte, à vida, simplesmente nos entregar.

Um minuto de silêncio é o que eu preciso para aceitar, apenas aceitar

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