sexta-feira, 6 de maio de 2011

Buffy - a caça vampiros


Buffy – a caça vampiros foi, de fato, um dos fenômenos pops mais cultuados da década de noventa e motivos para tal proeza não faltam. Criação de Joss Whedon, a série conta a história de Buffy, uma adolescente que descobre ser uma caçadora de vampiros, aquela que a cada geração surge com o propósito de lutar contra o mal, seja contra vampiros, demônios, seres sobrenaturais, deuses ou até o próprio mal.

A série que teve um total de 7 temporadas, mostrou por meio de metáforas ou de forma clara, as dúvidas, incertezas, dificuldades, erros e as conseqüências destes na adolescência por meio de histórias vampirescas, demônios assustadores e bruxas descontentes. Buffy marcou uma geração, pois conseguiu unir ao longo de sua temporada histórias complexas, ligada a momentos cômicos, referencias pops, com excelentes jogadas, belíssimos e divertidos diálogos e por principalmente, apresentar personagens que cativaram o público

Buffy é uma garota que teve um passado glorioso, era líder de torcida, popular e cobiçada por todos os rapazes em sua antiga cidade, mas após descobrir sobre a existência de vampiros e que ela fora a escolhida para ser a caçadora, teve toda sua vida transformada e seus valores questionados. Vinda de outra cidade, onde enfrentou uma cúpula de vampiros, abordada no Filme Buffy – a caça vampiros, e causou um bom estrago no colégio em que estudava, resultando na sua expulsão, ela chega à pequena cidade Sunnydale e descobre que esta calmaria comporta em seu interior uma boca para o inferno. Nesse sentido, esta cidade é a porta de entrada para toda espécie de mal e será contra isso que Buffy terá que lutar.


Mas dessa vez, ela não enfrentará o mal sozinha. Contará com a ajuda de Giles, um bibliotecário que foi mandado à cidade por uma organização que tem como função combater o mal e treinar as caçadoras, eles são chamados de Sentinelas. Para tentar compreender o que está acontecendo a cidade, já que um surto de morte provocadas por vampiros veem acontecendo, ele começa a trabalhar no colégio da cidade onde conhece Buffy.

Willow é uma garota tímida, porém muita inteligente, ela ajudará Buffy nas pesquisas em livros, mas com o passar das temporadas, aprenderá bruxaria e se tornará uma poderosa Bruxa, sendo até a vilã da sexta temporada.

Xander é um rapaz engraçado, que fica interessando em Buffy na primeira temporada, terá um envolvimento com Cordélia na segunda e se envolverá sempre com demônios no decorrer da série.

Angel é um vampiro com alma, ajudará Buffy na caça aos vampiros e outras criaturas. Os dois terão um caso durante o decorrer da série, mas ele sairá desse arco na terceira temporada para dar vida a uma própria série.

Cordélia é uma líder de torcida arrogante, metida e vazia. Será o alivio cômico da série. Se envolverá com a turma dos caçadores a contra gosto, terá uma relação com Xander e sairá da cidade na terceira temporada para fazer parte de Angel – o caça vampiros, onde nessa história terá uma participação maior se tornando até um ser superior e posteriormente vilã na quarta temporada.


A primeira temporada da série teve apenas doze episódios, em termos gerais foi boa, mas esse primeiro ano apenas conseguiu realmente mostrar que a série teria fôlego para mais histórias, sendo assim renovada. No primeiro ano conhecemos Buffy e seus amigos que juntamente com o Giles irão formar Scooby Gang, um grupo denominado por eles, que irão investigar todas as mortes sobrenaturais envolvendo os alunos do colégio em Sunnydale. Essa escola será o palco onde passará praticamente todas as histórias. Ao final da temporada, Buffy tem que enfrentar uma profecia, que afirma que ela irá morrer dando a liberdade ao mestre dos vampiros, para que esse possa novamente andar sobre a face da terra. Após enfrentar o vilão e seus amigos uma legião de vampiros, eles os vence. Nesse final, entram para a turma Calender, uma professora de informática, que conheceremos mais tarde na segunda temporada e Cordélia, que se envolverá com a turma sempre a contra vontade dela.

O segundo ano se apresentou como uma das melhores temporadas. A história se centra na chegada de dois vampiros à cidade, Spike e Drusila, antigos amigos de Angel, que provocavam um grande inferno por onde passavam. Novos na cidade, os dois querem trazer o caos ao local e para isso contarão com o apoio de Angelus, que após perder a alma novamente, devido a um detalhe da maldição, se voltou contra Buffy e seus amigos, tornando-se num perigoso inimigo.

Nesse segundo ano, os dramas se intensificam para todos os personagens. Buffy após perder a virgindade com Angel verá ele se transformar no seu inimigo e terá que enfrentá-lo, Giles descobre os verdadeiros motivos da chegada de Calender à cidade e sentirá traído por ela, mas terá uma nova perda quando souber que Angel a matou. Xander passa a ter um envolvimento com Cordélia e ela por conta disso, terá sua popularidade ameaçada. Willow conhecerá Seth, um cara que toca numa banda e é um homem de poucas palavras, ele também passará a integrar a gangue e ao final ela começará a estudar e praticar bruxaria, sendo ela a responsável pela recuperação da alma de Angel.



Nesta segunda temporada, destaque para os episódios Uma escola da pesada, Minta para mim e Eu só tenho olhos para você. O primeiro vale pelos momentos de tensão que conseguiu transmitir com todos os alunos presos no colégio e um grupo de vampiros liderado por Spike tentando entrar para matá-los.

O segundo, por ser fascinante, um antigo amigo de Buffy chega à cidade e passa a ajudá-la com segundas intenções. Ela se deixa enganar por ele, acreditando na amizade dele, e ele se deixa enganar, achando que se tornando num vampiro, terá realmente uma vida eterna e se verá curado de uma doença que possui e que o matará em breve. De uma forma simples, simbolizada pela ideia de ser um vampiro, a série consegue trabalhar com um assunto tão delicado que é a vida e a morte de alguém que sabe que irá morrer em breve e não aceita esse destino. E por fim, Eu só tenho olhos para você, retrata uma história comovente de amor e morte.

Destaque também para o desfecho da história, com o episódio Metamorfose parte 1. Tendo uma ação constante, o episódio conta com uma ótima trilha sonora e uma montagem que deu o tom certo ao enredo. A temporada é encerrada com Angel recuperando sua alma e Buffy o enviando para outra dimensão e ao fim, deixando a cidade por se sentir culpada ao que fez a ele.

A terceira temporada marca o fim de Buffy e toda gangue no colégio e esta, conjuntamente com o segundo e o último ano, são sem sombra de dúvidas, os melhores momentos da série, que se perdeu um pouco em sua história.


No terceiro ano eles terão que enfrentar o prefeito que está planejando algo tenebroso no centenário da cidade. Aparece também em Sunnydale outra caçadora chamada Faith que foi invocada quando a última morreu, ela tendo um jeito explosivo dará sérios problemas a Buffy, se aliando ao prefeito e voltando-se contra a caçadora. Angel retorna da dimensão para qual foi mandando. Joyce, mãe de Buffy, tenta lhe dar com a ideia da filha ser uma caçadora. Willow e Xander têm uma forte aproximação, resultando no fim do namoro com Cordélia e em conseqüência o aparecimento de Anya, o demônio da vingança. Outro sentinela aparece na cidade, Wesley, mais causando problemas do que ajudando e por fim, o relacionamento de Buffy e Angel sendo marcado pelo seu inevitável fim.

Nessa terceira temporada, a maioria dos episódios mostraram-se muito bons, deixando a temporada bem segura. Destaque para Anne, que inicia a temporada. Com uma história simples, mostra Buffy passando por um processo de negação da sua vida e do seu passado, um período de luto e dor, finalizando com ela aceitando o que ela é e as conseqüências disso. E por fim O baile de formatura e O dia de formatura – parte 2. O primeiro, pela homenagem que Buffy recebe de todos do colégio, dando a entender que eles sempre souberam de tudo o que acontecia na escola e que ela os protegia e o segundo pelo confronto final entre a caçadora com a ajuda de todos os alunos do colégio contra o prefeito.




São com histórias simples como essa que Buffy obteve seu lugar ao sol como uma das séries mais queridas da década de noventa, sem apelar para grandes roteiros ou questões emblemáticas. Por meio de seus personagens são carismáticos, o seriado brincou com os rótulos e clichês do gênero, transformando o terror em algo cômico, em certos aspectos lógico, mas o grande destaque fica pela forma como o diretor consegui abordar questões como rito de passagem, sexualidade e tantos outros temas envolvendo os adolescentes daquela década utilizando de histórias vampirescas e sobrenaturais.

Um comentário:

  1. Há alguns dias fiz um post no meu blog sobre como meu vicio em séries americanas se iniciou, lógico que não escrevo tão bem como você rsrs. Buffy fez parte desse vicio. Até hoje sou apaixonada pela série e tenho todas as temporadas no computador. Adorei o modo como descreveu essa que deixou uma grande saudade. Sucesso no Blog!

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