quarta-feira, 11 de maio de 2011

Stardust

Hilariante, divertido e envolvente

Stardust, uma fantasia lançada em meio a um ano de Crônicas de Nárnia e A bussola de ouro, infelizmente não conseguiu a atenção merecida da mídia e uma boa bilheteria, mas é em comparação com estes filmes e vários outros lançados ao cinema com esse mesmo gênero, muito superior em diversos pontos. O longa consegue ser divertido, mantém uma constante adrenalina e desenvolve bem os personagens, mesmos os mais coadjuvantes da história sem se esquecer de nos contar uma fabula romântica e mágica. Nada é levado a sério, pois não há como levar, afinal, isso é cinema.



A trama conta a história de Tristan, um jovem que tenta a todos os custos conquistar o coração de Victória, mas percebe que não tem muitas chances. Porém, numa bela noite eis que surge uma oportunidade, ao verem uma estrela cadente caindo sobre a terra do outro lado da muralha, Tristan faz uma proposta a Victória que aceita, no caso, se ele trouxer a estrela para ela, os dois se casariam. Depois de feito o acordo, ele parte rumo a estrela, o problema é que esta é uma bela jovem chamada Yviane que despencou do céus depois que um colar a acertou. No caso, esse colar pertencia ao um rei de um grande império que no seu leito de morte lançou um desafio aos seus filhos, aquele que conseguisse capturar o colar e tivesse sangue nobre iria tomar o trono.

Então todos partem atrás desse colar, ou seja, dessa estrela, mas no meio disso tudo ainda existem três bruxas que desejam o coração Yviane, pois ao comê-lo podem recuperar a juventude e beleza antes perdida pelo tempo. Grande a sinopse, mas não deixe se enganar, Stardust é uma fantasia com um humor negro muito refinado, que faz uma paródia das próprias histórias com esse cunho.

O filme em relação a estrutura da história, é bem pequeno, 130 minutos. Todos os personagens se cruzam de forma rápida, mortes é que mais se têm no decorrer da aventura, é príncipe jogado ao precipício pelo irmão, outro morrendo envenenado, garganta cortada e outras mortes que são cometidas. O sangue é azul, mas ainda não deixa de der sangue, tornando-se, apesar de ser uma fantasia, nada indicativo para as crianças.


A edição do filme é rápida, o diretor soube muito bem usar os recursos da trilha sonora. As paisagens são excelentes, os efeitos especiais não pecam e mostram toda a qualidade do filme aplicada nos menores detalhes. Outro ponto positivo é o elenco que está formidável. Todos estão muito confortáveis em seus papéis, destaque para o elenco coadjuvante. Michele Pfeiffer está radiante como uma vilã que para recuperar e manter sua beleza fará de tudo o que tiver a sua disposição, indo até o fim em busca do coração de Yvane, nesse papel ela mostra toda a sua beleza e maldades e, além disso, traz a tona um tema interessante e complexo, a questão da idade e como tentamos não ser levados pelo tempo. Robert de Niro como um capitão que captura raios é hilário.

Destaque também para Charle Coxx, o herói da história, a forma como ele se transforma de um jovem atrás de uma amor não correspondido à um homem cheio de atitudes e coragem é surpreendente. Claire Danes consegue levar bem a personagem, no começo aparentemente fica meio perdida, mas com o decorrer da história ela se solta e dá vida a uma personagem simpática e em dúvidas sobre suas escolhas. Outro grupo de elenco é os príncipes mortos que permanecem como fantasmas presos a este mundo devido a ninguém ter tomado o trono.


Em relação a história, ela é simplesmente bela, romance, drama, momentos cômicos, tudo o que um filme necessita está nessa película. Em tempos de dramas rasos, comedias escrachadas e fabulas fracas, Stardust nos premia com um enredo envolvente e encantador, um drama profundo, um romance delicado e piadas certeiras e após tudo isso, ainda nos mostra que sonhar é gostoso e divertido, que reinos, bruxas, seres dos mais estranhos a criaturas das mais poderosas podem coexistir num mesmo mundo e se for explicar a existência de tal fato, será perca de tempo.

A direção fica para Matthew Vaughn que até o momento tem feito filmes interessantes, são dele os Kick-ass – Quebrando tudo e Nem tudo é o que parece e a próxima aventura dos mutantes de X-men: Primeira classe. O filme é baseado na obra de Neil Gaiman e conseguiu ser recebido com boas críticas do meio especializado, mas apesar de todos os elogios, elenco e uma excelente história, o filme não conseguiu emplacar na bilheteria, uma pena.


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