quinta-feira, 19 de maio de 2011

Educação

 Clássico, com um estilo tradicional e comovente

Jenny (Carey Mulligam) é uma jovem de 16 anos. Tem uma meta que é ser aceita em Oxford, mas também possui um desejo ardente de viver a euforia cultural com suas músicas, filmes franceses e livros, ou seja, uma vida regada a prazeres. Seu pai insiste e praticamente a obriga a estudar, sua mãe fica no meio termo entre apoiá-lo e defendê-la e a própria Jenny compreende o pai.

Nesse caminho ela conhece David (Peter Sarsgaard), um homem bem mais velho. Com uma vida boa, conhecedor de músicas, lugares e gostos parecidos com os dela, Jenny se encanta pelas coisas que ele pode mostrar e proporcionar. Conhecendo seus amigos, viajando de forma inesperada para lugares nunca antes imaginados ela acaba se envolvendo com esse sujeito. Seus pais também caem de amores por ele. Mas aos poucos ela percebe que aquela vida esconde certos segredos, erros e ilegalidades que a fazem de leve perceber que toda vida, seja qual for seguida, tem as suas conseqüências.



O filme segue uma estrutura correta, fechada e linear. A trilha entra para deixar as cenas densas ou suavizá-las. Os diálogos são curtos, bem feitos e inteligentes. A atmosfera criada, que no caso é vésperas para uma das maiores transformações culturais que a Europa e o mundo viveriam ao longo da década de sessenta, foi bem construída. A fotografia e o figurino são outro ponsitvo a ressaltar.

O longa pode ser considerado em certo aspecto feminista, pois a posição que a Jenny ocupa não é muito agradável. Se por um lado ela pode seguir a carreira universitária para ser professora, do outro lado, a posição de dona de casa também pode estar esperando por ela. Mas em meio a essa jornada pela qual ela passa, por essa educação que ela sofre que no caso seria necessário, Jenny percebe um caminho diferente a seguir. Um mesmo caminho, entretanto com perspectivas e motivos diferentes das de antes.

É nesse ponto que se encontra a delicadeza e suavidade do drama. Nada é genial e o roteiro é até bem batido, o desfecho também não chega a surpreender, mas a forma como ele guiado e como a atriz leva com competência o papel dessa jovem estudante que se vê perdida e desiludida diante das circunstâncias da vida, fazem a diferença.

O elenco do filme é extremamente competente. Carey Mulligam está incrível como Jenny, uma adolescente em busca de vida, rebelde, mas tentando ser correta. Peter Sarsgaard como David, um homem que propõem a Jenny uma outra vida, carismático convence no papel. Por fora, o elenco de apoio conta com grandes nomes em belas atuações como Alfreed Molina, Emma Thompson e Sally Hawkins.

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